quinta-feira, 29 de julho de 2010

Calada da Noite

Já passa das três da manhã e ainda não consigo dormir apesar do meu cansaço. Talvez sofra de insônia ou sei lá, talvez seja culpa da minha mente onde pensamentos movimentam-se descontrolados, pesados e sombrios feito chumbo. E até mais do que isso, confusos e aparentemente sem solução.. Assim, sigo acordada. Chorar nunca resolveria meus problemas, mas nesse momento era tudo que eu precisava para desabafar o que venho guardando dentro de mim. E lentamente, sem ao menos eu perceber, uma lágrima corre pelo meu rosto. Meu olhar que apesar de brilhante e expressivo, se fez sofrido nessa noite. Ainda não compreendo por que, mas por dentro sinto que arrancaram meu coração com uma das mãos e com isso, agora, na minha cabeça passa uma espécie de filme. Ainda não entendo o por que de tanta dor. Alguns minutos se passaram parecendo uma eternidade e o máximo que consegui foi silenciar meus soluços e pedir a Deus com toda força para me amparar nesse momento. Com isso, sinto-me mais calma e disposta a me distrair um pouco, logo passo a escutar algumas músicas em baixo volume para não acordar o resto da casa mas a primeira que toca me faz lembrar do começo de toda angustia e começo a chorar novamente. Porém dessa vez, o choro foi diferente, já não era algo sufocado e sim libertador. Levantei a cabeça, respirei fundo, enxuguei as lágrimas que haviam caído e disse para mim mesma: eu quero amar, quero me entregar! Decidi que evitar esse sentimento, não é algo que engrandece alguém, mas não quero amar esse em que penso. Quero um amor de verdade, que me fizesse sorrir e, às vezes, até chorar se fosse preciso, que enxugasse minhas lágrimas que dificilmente insistem em cair, que ouvisse meus problemas e que pra variar reparasse um pouco em mim. Tudo bem, sonho alto. Mas essa é a minha ideia de felicidade.. e pensando nela que um sorriso volta para o meu rosto e consigo dormir tranquila e quem sabe assim sonhar com meu futuro amor.

"Não vale a pena mergulhar nos sonhos e se esquecer de viver..."

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