segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

# O Quereres - Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim

Fernanda Young.


“A verdade é que, enquanto você estiver assim,
nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam,
vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor.
Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda
não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de
tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.”

Fernanda Young.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sinto falta..

Bem eu não sei quanto tempo faz que eu não sinto teus olhos, bem.. só de pensar em você, meus olhos se enchem de lágrimas, eu nunca saberei amar tanto alguém, eu sinto falta das risadas, do teu olhar, eu sinto falta de tudo relacionado a você.

Tati Bernardi


Semana passada liguei pro meu melhor amigo e convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando tudo deu errado pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Ele topou desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. Cheguei antes, comprei. Ele chegou depois, comprou água. Porque eu comprei os ingressos, ele comprou também uns doces e disse que pagaria o estacionamento. Porque ele pagaria o estacionamento, eu disse que daria a carona da volta. E com meu coração tão calmo eu voltei a sentir o soninho de sofá de casa com manta que sinto ao lado dele. A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Já tivemos nossos tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala "ah, enjoei, ela era meio sem assunto" e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo "ah, ele não entendeu nada" e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia, são quase quinze anos. Somos pra sempre. Ele conta do filme que tá fazendo, eu do livro. Os mesmos há mil anos. Contar é sem pressa de acabar. Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. É um exibicionismo orgânico, como se meu silêncio pudesse continuar me vendendo como uma boa pessoa. São quinze anos. É isso. Ele me viu de cabelo amarelo enrolado. Eu lembro dele gordinho e mais baixo. Ele sempre comprou meus testes de gravidez, mesmo a suspeita nunca sendo nossa. Eu já fui bem bonita numa festa só porque ele queria me fazer de namorada peituda pra provocar a ex mulher. Minha maior tristeza é que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tão longo e bonito. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é meu único amor. O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo. E ele vai comigo na pizzaria e todos meus amigos novos morrem de rir porque ele é naturalmente engraçado e gente boa e sabe todos os assuntos do mundo. E todo mundo adora meu melhor amigo. E eu amo ele. E sempre acabamos suspirando aliviados "alguém é bobo como eu, alguém tem esse humor" e mais uma vez rimos da piada que inventamos, do pai que chega pro filho e fala: sua mãe não é sua mãe, eu transei com outra". E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora. Quem tem que ficar, fica.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

É quando mais quero falar que eu menos digo,
é quando mais quero tentar que menos consigo,
é quando mais quero entender que menos explico,
É quando mais penso sentir que menos duvido.
Enquanto mais e enquanto menos, é quando persisto...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Agradecimento

Olá gente, tudo bom? Hoje, estava olhando meus comentários e recebi um de uma fofa, que sempre deixa sua marquinha por aqui, a Renata Cundari  . E adivinhem só, ganhei dois selos por indicações dela. Dá pra acreditar? rs
Renata minha linda, gostaria somente de te agradecer por gostar e acompanhar meu blog. Meu não, nosso! Porque você faz parte dele .. Suas dicas, sugestões e tudo mais serão sempre bem vindas, viu? Claro, não só as dela como as de todos vocês, me sentirei honrada com a participação de todos. Postarei os selos e com eles as regrinhas ok?
Beijos e obrigada mais uma vez, à todos! s2

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Coitados de vocês homens que jamais saberão como é gostosa a sensação de sempre ter a preferência. Vocês que nunca poderão pôr a culpa na cólica ou na TPM; que jamais verão graça em perder um dia todo no shopping, só vendo as vitrines. Homens, que não sabem como é revigorante falar sobre todo e qualquer assunto com suas amigas; que não têm ideia de como é traumatizante quebrar uma unha; não entendem, de verdade, como é triste acordar com o cabelo oleoso. Vocês, homens, tão ingênuos, nunca enfrentarão a indecisão na hora de escolher um esmalte. Não irão, nem ao menos, poder seduzir alguém fazendo somente um biquinho de birra. Homens, que acreditam ser superiores, nem sabem como é gostoso e, ao mesmo tempo, cruel estar sobre um salto agulha. Ficarão a vida toda sem saber como é bom ser abraçada por um homem alto e largo, com braços grandes e fortes. Homens, meninos, caras, garotos. Nunca, nunca entenderão quão importante é passar lápis nos olhos antes de sair de casa; quão triste o final de “O Diabo Veste Prada” realmente é; quão sexy um cara inteligente pode ser. Jamais terão ideia de como é legal não precisar atravessar a rua na faixa, já que alguns caras doentes param pra que você possa passar. Vocês, inocentes, que não imaginam quantas coisas descobrimos durante nossas conversas rotineiras de banheiro; que não sabem como é gostoso morrer de chorar com um pote de sorvete no colo. Homens que jamais poderão reclamar de um corte na perna feito pela gillette durante o banho; que jamais perceberão como é difícil entender um cara; que jamais poderão gritar ao ver uma barata ou qualquer outro inseto; que jamais, jamais mesmo, poderão ficar em casa só de baby look e calcinha. Vocês, machistas, que nunca sentirão a tão comentada, e totalmente feminina, dor da rejeição; que jamais saberão como é triste viver sendo paranóica, ciumenta e temerosa de ser substituída. Jamais esfregarão uma perna na outra, tentando afastar uma leve onda de excitação repentina; jamais saberão como é gostosa a sensação que te obriga a morder os lábios ao ver o peito nú de um cara gato; jamais entenderão o prazer existente que há em ler um romance. Homens, pobres homens, que não sabem, nem nunca saberão, como é gostoso chorar quando há um cara realmente preocupado contigo te abraçando; como é revigorante usar um vestidinho leve quando o calor está infernal; como é comum e extremamente natural o ato de chorar até dormir, molhando todo o travesseiro. Vocês, garotos, que nunca terão ideia de como nossos assuntos são interessantes e, mais do que isso: masculinos. Nunca poderão ficar o dia todo com as pernas cruzadas. Nunca poderão cantar loucamente, mesmo estando sozinhos, refrões como “HOW DO I GET YOU ALONE?!” e, portanto, nunca entenderão como é gostosa a sensação de gritar enquanto se canta. Nunca poderão fazer vozes estranhas enquanto brincam um bebê ou um animal. Nunca, nunquinha, vão poder passar um batom básico porque acordaram com a boca sem cor, e, devido a isso, jamais saberão como é revigorante acordar dispondo de uma rica quantidade de batons - úteis ou não. Homens, simplesmente homens, que jamais ganharão um vibrador de aniversário de sua amiga mais íntima; que jamais entenderão como é frustrante usar uma calça com a calcinha marcada; que jamais poderão sequer abrir a boca para reclamar sobre dores abdominais, já que nenhum homem fala isso; que jamais poderão xingar outros homens que arrotam no meio das refeições; que jamais saberão como é gostosa a sensação de saber que o cara tá afim de ti e ficar somente provocando. Homens que nunca poderão reclamar de uma garota-sem-atitude; que nunca poderão fazer ballet sem serem julgados; que nunca entenderão nosso mundo; que nunca entenderão que, para nós, coisas pornográficas (como revistas, filmes etc) são motivos de risos e não de tesão; que nunca saberão como é bom ficar excitada sem aparentar. Garotos, coitados de vocês, que não podem bater na bunda de ninguém; que não podem falar sobre certos assuntos com seus amigos; que não entendem a graça fantástica por trás de Romeu e Julieta e acham que é somente mais uma mera história romântica barata. Pobres são vocês, homens, sempre tão garotos, que são completamente abatidos por uma gripe básica e dizem ser fortes. Meninos, coitados, que têm que lidar com todos os pensamentos de garotas ao longo de suas vidas sem jamais conseguir entender um deles sequer. Vocês entenderiam se não fossem meros meninos.

Autora Desconhecida.

Saudade...

Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um ‘tchau’ e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’. Saudade não é olhar pro lado e dizer “se foi”. É olhar pro lado e perguntar “cadê?”. 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento.
Por que não?
Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí?
Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas.
Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas.
Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.

A beautiful Mess

Você tem o bom de ambos mundos, você é o tipo de garota que consegue derrubar um homem e levantá-lo novamente. Você é forte mas é carente, humilde mas ganânciosa. Baseado em sua linguagem corporal,
sua maneira gritante que tenho lido, seu estilo é um tanto seletivo, apesar de sua mente ser certamente imprudente. Bem, imagino que isto sugira que isto é apenas o que a felicidade é.
"Ei, mas que bagunça bonita, é isto, é como se pegássemos lixo em roupas."

Bem, isto meio que machuca da maneira como você escreve estes tipos de palavras, meio que torna elas em facas e não me importa minha coragem, você pode chamá-la de ficção porque eu estou meio que submerso em suas contradições querida, porque aqui estamos nós. Embora você fosse tendenciosa, eu amo seus conselhos, suas voltas, elas eram rápidas e provavelmente tem haver com suas inseguranças. Não há vergonha em ser louco, dependendo de como você encara isso. Palavras que parafraseiam esta fase do relacionamento em qual estamos.
"E isto é uma bagunça bonita, sim isto é como se estivéssemos pegando lixo em roupas."
Bem, isto meio que machuca da maneira que você diz essas palavras, meio que torna elas em lâminas e a bondade e cortesia é uma vida que ouvi.  Mas é bom dizer que nós brincamos na sujeira porque aqui estamos nós. Nós ainda estamos aqui
E que bagunça bonita isto é. É como tentar adivinhar quando a única resposta é sim.
E através de palavras eternas em quadros sem preço, nós voaremos como pássaros que não são desta terra;
E como marés que giram e corações que desfiguram mas isto não é nenhuma preocupação quando nós estamos feridos juntos e quando tivermos rasgado nossas roupas e manchado nossas blusas, mas é agradável hoje, a espera realmente valeu a pena.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não me importo ...

Não me importo mais com o que tem feito da tua vida e nem das tuas noites. Não ligo em saber com quem tu andas ou com quem deixou de andar. Eu não me importo. 
Não ligo para essa ausência que insiste em ficar, nem quero saber quando ela vai passar. Eu não me importo.
Já não faz mais diferença o celular tocar, a caixa de mensagens cheia, não tem jeito. Eu não me importo.
Se você é de Escorpião e eu sou de Áries, quer saber? Eu não me importo.
E não, dessa vez eu não tô fugindo e nem vou sumir, eu só estou fazendo o que deveria ter feito desde o começo: Não me importar. E por mais que isso doa mais em mim do que em você, eu não me importo. E pra falar a verdade, eu não me importo com nada.
Não quero saber se o flamengo ganhou algum jogo no final de semana. Não ligo da insónia que me persegue, cansei de você, de mim, de todo mundo. Cansei mais ainda da mesmice, desse contentamento com tão pouco. Cansei dessa vida que acordou meio sem graça, cansei até da lua que eu amo tanto. Eu cansei, acordei entediada, pensei, pensei e pensei mais um pouco, e só achei uma saída: não ligar.
Cortar os laços, desfazer os elos, deixar cada um fazer o que quiser. Afinal, os dias são teus e a vida também.
Não sei se me sinto mais leve, mais vazia ou mais inconstante. Só sei te dizer que o o alívio de deixar a mente como uma página branca é inexplicável.
Talvez isso dure dois minutos ou duas horas, ou quem sabe, em alguns segundos minha cabeça já esteja habitada pelos pensamentos mais absurdos. Tem coisas que acontece em mim e que nem eu sei explicar. Pode ser algum tipo de loucura camuflada, ou só uma fase na vida em que você já não sabe o que vale a pena possuir.
O que eu quero te dizer é que acordei assim, sem me importar. 


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um conto de verão.

Romântica como insisto ser, sempre achei que amores como o nosso não eram reais e muito menos dariam certo. Eu pensava que nunca ia me apaixonar de verdade.. e foi aí que você me apareceu. Do nada e como quem não quer nada, foi preenchendo cada pedacinho de mim, sem a menor pressa e sem medo de qualquer envolvimento ou rejeição. Eu que tinha tanto medo, já sabia que te amava. Não digo que foi a primeira vista e sim, à primeira palavra - é, você vai entender -  E foi aí que meu medo aumentou ainda mais. Me lembro como tudo começou ... Nosso primeiro contato, primeiro beijo, primeiro telefonema, primeira briga e primeiro "eu te amo". 
Tudo "começou" naquela festa, na qual eu não conseguia falar com você, e contra a minha própria "vontade" você veio e foi o mais cavalheiro e gentil, e me beijou o rosto ... e aquela imagem ecoa na minha mente até hoje, como se fosse ontem. Após alguns meses sem nos ver, o destino resolveu brincar com a gente não é mesmo? Quem diria que naquela noite quente de verão eu iria te encontrar em meio a tanta gente?! E ainda pensei que fosse engano e "fugi" de você, se lembra disso amor? Pois é, eu sim. Não esqueço um detalhe sequer daquela noite ... Poucas horas depois, foi a sua vez de me encontrar e você sim, corajoso como sempre, não hesitou em falar comigo. Se não fosse você nada do que estaria por vir existiria. E alí, após aquela troca de olhares e meias palavras, todo o mundo ao nosso redor desapareceu. Eramos só eu, você, a lua e as estrelas... embalados pelo suave som das ondas do mar. O que me fez ir para casa em estado de transe total. Pena que meu conto de fadas acabou aí. No próximo dia eu voltaria para a minha cidade e você continuaria alí por mais algumas semanas. Lembro da ansiedade enlouquecedora de saber: “Foi só um beijo?". Rezava para que a resposta fosse não e assim segui, fui embora sem ao menos esquecer o ocorrido da noite passada. Assim que cheguei, como de hábito, fui direto para o computador conversar com alguns amigos e para a minha surpresa tinha uma mensagem offline sua amor, dizendo mais ou menos assim: "Não consigo tirar da minha cabeça aquela cena, lembro de cada palavra sua, cada gesto .. só pra você saber, quero te ver denovo!"
Não sei ao certo quanto tempo se passou, tive a imprenssão de terem sido horas, mas enfim .. depois desse tempo muda e sem mover um músculo qualquer, posicionei minhas mãos no teclado para  te dizer algo à altura sem demonstrar que eu estava delirando de tanta felicidade; e assim que enviei, pra minha surpresa novamente, você respondeu logo em seguida, ou seja, estava online. E eu que havia ensaiado milhões de frases pra te dizer com o tempo e algumas até pra evitar uma intimidade maior, me mostrei insegura e indefesa, querendo apenas mais um carinho seu, cedendo a todos os seus encantos.