domingo, 28 de novembro de 2010

Metaforicamente


Vasculhando em eu mesma tropecei em uma caixa, quem sabe grande ou pequena, não importa, a questão é que naquela caixa encontrava a minha vida. Tudo de mais precioso que me pertencia estava lá. Meus segredos, meus temores, meus erros, as feridas, as conquistas e um milhão de vagalumes. Era como ver o meu eu, resumida em momentos, momentos que confesso que nem todos são tão bons, mas que me marcaram e me fizeram ser o que sou hoje. É difícil dizer quanta coisa eu havia encontrado lá, e eu sabia que aquela caixa só aumentaria a cada momento da minha vida, muitos sentimentos adormecidos, amigos enlouquecidos e pessoas que nunca ficaram despercebidas em minha vida. Notei o quanto eu perdi e que ainda preciso errar muito pra entender o verdadeiro valor daquilo tudo. Meu rosto molhado por lágrimas misteriosas - que vinham do fundo daquela caixa, eu sabia bem - e um coração apertado por descobrir um novo eu, coloquei a caixa aonde ela deveria estar e não olhei pra trás. Encontraria ela novamente, era só questão de tempo.

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