quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que você ainda não sabe sobre mim.

Nessas poucas semanas, a gente até pode ter ido rápido demais, ao invés de ter se descoberto aos poucos, mais lento ainda, mas aceleramos sem querer uma porção de passos e coisas, e não sei até que ponto tal intensidade é boa, ou maléfica. Porém, não pense que eu estou totalmente na sua mão. Por nem um segundo, acredite que já me têm e sabe me domar, me dosar. Não. Há uma porção de verdades sobre mim que você nem sonha, e virão à cena, mais cedo, tarde, ou nunca. Aqui. Nesses relacionamentos sem nome, não sabemos por que curso tudo caminha, e eu espero que pelo menos eu tenha a generosa oportunidade de te deixar descobrir todos esses caminhos. As pistas, algumas já estão postas, à espera.


Não passa pela sua cabeça a coleção de esmaltes excêntricos que tenho, a minha paixão por tudo que é vintage e retrô e a minha TPM que quando ataca, vem com toda a força.
Você me viu dormir, mas nem imagina que sofro a anos de insônia crônica, e mesmo naquela noite, acordei diversas vezes, não sabendo se tudo aquilo era mentira, verdade, ou sonho. E que eu acordo bem, pela manhã. Não nos primeiros minutos, mas meia hora depois, já fico no meu estado ligada no 220 volts, até pelo menos o almoço. Você gosta das minhas roupas, mas nem imagina que sempre fico em dúvida entre tantas peças, e desarrumo o armário inteiro. Sabe também que eu gosto de música antiga, mas desconhece minha paixão por Cazuza, o meu lado sensível que ama Caetano, e se encanta pelas letras, tão poéticamente articuladas e tocáveis. E que, secretamente, escuto às vezes uma unica música sertaneja que roda aqui no modo aleatório, com vergonha de mim mesma. Tem conhecimento da minha preferência pelo inverno, mas não sabe que detesto sentir calor, que quando chega o inverno eu não fico assim mais tão bronzeada, corada e bonita, e que a asma me visita às vezes, a sinusite o ano todo, e a cólica, quando quer. Que eu nunca coloquei um cigarro na boca, mas tive uma época de adolescente rebelde, que já passou por alguns porres, teve os pais chamados no colégio, e fugiu de casa e dormiu um tempo na avó. Conhece o meu medo gigante de quase tudo, mas desconhece o por que,  e que opa, quem começou isso tudo, do primeiro passo à coragem de ver você de perto, fui eu. Corajosa, essa menina! hahaha. Vê minhas covinhas abaixo da boca, mas não nota no queixo, mais abaixo um pequeno corte, de quando caí de bicicleta. E o meu cabelo, o qual a sua pessoa tanto enaltece, já teve dias terríveis. E olha, quando nos falamos, sinto sua falta. Te ver ali, e não saber o que se passa, algumas vezes me dói, e sensível que sou, já chorei na dúvida. Prefiro tudo ao vivo, em cores, do que essa virtualidade toda. Depois de provar o maravilhoso, quem se acostuma com o mais ou menos? Não é a mesma coisa, e disso acho que você também já sabe. Vê meu romantismo em cada pequeno detalhe, e não enxerga toda a minha insegurança, o meu maior anseio: que tudo vá, tão logo chegou.
E sabe que eu escrevo bem, que esse talvez seja meu dom, mas nem sonha com o blog, e muito menos, que nos dias presentes, você é alvo e assunto - mas bom, tudo do bem, não se preocupe.
Devem haver ainda tantas coisas que não sabemos um do outro, mas fico pensando em quando isso tudo será revelado. Sim, minha mania de olhar pro futuro, mirar e ver, sonhar. A isso você também não foi apresentado ainda.. Não se assuste, por favor. Sou ainda real, gosto das minhas mulherzices, e tenho meu lado romântico. É que com falhas, abertas e expostas, nos acolhemos e encontramos realidade, onde tudo parece tão vago e surrealista. Mas, prazer, essa é um pouco de mim.

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